sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Albatrozes e petréis na rede de conservação Biomar

Albatrozes e petréis ganharam mais aliados à causa de sua proteção. Agora, essas aves são também objetivo do trabalho da Rede de Projetos de Biodiversidade Marinha (Biomar), formada por organizações que trabalham em prol da conservação do ambiente marinho e patrocinadas pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. No mundo, existem 115 espécies de petréis e 22 de albatrozes. A maioria das espécies de albatrozes – mais especificamente, 17 - e de petréis gigantes está em declínio ou ameaçada de extinção em algum nível, pelo menos em parte devido à mortalidade resultante da captura pelos espinhéis. O gênero Procellaria, que inclui a pardela-de-óculos (Procellaria conspicillata) e a pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) - ambas ocorrendo no Brasil - é também impactado por essa técnica de pesca. A conservação dessas aves é objeto de medidas em planos internacionais e também nacionais, a exemplo do Brasil que, desde 1986, desenvolve e monitora medidas de proteção por meio do PLANACAP (Plano de Ação Nacional de Conservação de Albatrozes e Petréis), documento elaborado pelo Projeto Albatroz em parceria com outras instituições. A inclusão dessas espécies no trabalho do Biomar reforça as medidas de proteção já desenvolvidas e potencializa os esforços de conservação da biodiversidade marinha. Formada pelos projetos Tamar, Golfinho Rotador, Coral Vivo e Baleia Jubarte e, mais recentemente, pelo Projeto Albatroz, a Rede Biomar quer minimizar os fatores de ameaça às espécies contempladas por cada uma dessas organizações, ao mesmo tempo que integra o fortalecimento e a articulação de medidas de proteção. Além disso, o ingresso do Projeto Albatroz na Rede vai ao encontro dos objetivos da organização, que incluem a geração e compartilhamento de conhecimento, a mobilização e a realização de parcerias com vários setores da sociedade para a ampliação da consciência ambiental e a manutenção da biodiversidade marinha em contribuição ao desenvolvimento sustentável. Ao ser incluído na Rede Biomar, o Projeto espera contribuir com o incremento de ações que protegem a vida nos oceanos e mares, ao mesmo tempo que se sente honrado em compartilhar essa missão com organizações já estabelecidas como referência na área de conservação do meio ambiente marinho. A soma desses esforços terá, com certeza, em resultados positivos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lixo e os animais marinhos

Estima-se que, por ano, aproximadamente, 6.4 milhões de toneladas de lixo são descartadas nos oceanos e mares. Boa parte desse lixo, principalmente os plásticos, confunde os animais marinhos, que ingerem os resíduos ao confundi-los com alimento. A análise do conteúdo estomacal de animais marinhos é uma forma de avaliar a proporção do problema enfrentado por esses seres vivos. É muito comum que se encontre em seu estômago fragmentos de sacolas plásticas, tampinhas de garrafa, isqueiro, entre outros resíduos. Os Procellariiformes (ordem a qual pertencem albatrozes e petréis) também sofrem as consequências desse impacto. As águas brasileiras são utilizadas para alimentação de várias espécies e, assim, muitas aves são encontradas em praias do Sul do País com uma grande quantidade de lixo em seus estômagos (o lixo bloqueia o trato digestivo, levando o animal à morte). Em uma pesquisa que analisou o conteúdo estomacal de 77 aves procellariformes, nibs e nylon representaram 80% dos fragmentos encontrados, presentes em 86% das amostras. Nibs são pequenas bolinhas brancas (de 1 a 5 milimetros de diâmetro) e dão origem a materiais plásticos como copinhos, garrafas e mamadeiras. São transportados pelos mares e sua dispersão é frequente. De acordo com a pesquisa, as espécies mais afetadas por esses resíduos foram o bobo-grande (Puffinus gravis) (12/12), a pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) (6/7) e o albatroz-de-sombracelha-negra (Thalassarche melanophris) (14/17). Os dois primeiros são espécies de petréis. No entanto, os nibs não são o único problema. Objetos plásticos já em sua forma final – a exemplo de tampinhas – também foram encontrados em estômagos de albatrozes filhotes em uma ilha do Havaí, mortos bem provavelmente em consequência da sua ingestão. O problema do descarte inadequado do lixo plástico é de todos nós. Enquanto não houver maior sensibilização e consciência acerca do impacto que causa a diversos seres vivos, ele continuará significando problemas em diferentes níveis, incluindo aí o ambiente marinho. Fontes: Eco Desenvolvimento Global Garbage BBC Brasil

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Albatroz na Escola: educação ambiental que dá certo!

O Projeto Albatroz vem trabalhando há mais de 20 anos na proteção das aves oceânicas. São duas décadas de desenvolvimento de atividades principalmente técnicas, voltadas a pesquisas que auxiliem a reduzir a captura acidental dos albaltrozes e petréis pelos barcos de pesca que usam espinhel pelágico. Em 2011, a organização também começou a investir na área de educação ambiental, assumindo que esse trabalho é fundamental para a conservação dos albatrozes e outras aves oceânicas. É fundamental porque agrega principalmente crianças à proposta de conservação do meio ambiente marinho. Afinal, mais do que os adultos do amanhã, elas também são multiplicadoras extremamente eficazes de ideias e de atitudes de proteção. Planejar e implantar um Programa de Educação Ambiental requer investimento e dedicação, não só de recurso financeiro para elaborar materiais, mas também do envolvimento de toda a equipe. Foi desta forma que ocorreu a construção do Programa de Educação Ambiental Marinha Projeto Albatroz na Escola. Com a soma dos recursos financeiros e humanos, ele resultou em uma resposta à lacuna da abordagem do tema marinho nas escolas, principalmente junto aos estudantes do Ensino Fundamental, com idade entre 6 e 12 anos. O trabalho vem sendo realizado nas escolas públicas de Santos, graças ao estabelecimento de um Termo de Cooperação Técnica com a Prefeitura Municipal, cujo objetivo é levar o conhecimento sobre os albatrozes e petréis para alunos e professores das Unidades Municipais de Educação. Nesse sentido, o apoio da Seção de Projetos Especiais Educacionais (SEPROJE) foi fundamental para fazer a ponte entre as escolas e o Projeto Albatroz. A próxima etapa foi elaborar o material para as escolas. Partimos para a confecção das Cartilhas de Educação Ambiental Marinha: um livro para professores e outro para alunos. O desafio consistiu principalmente na pergunta: que temas abordar? Definimos então os seguintes capítulos: Planeta Terra ou Planeta Água; Oceanos; Biodiversidade Marinha; Pesca, pescado e pescador; Impactos ambientais e Albatrozes e Petréis. Como o objetivo era envolver o professor, tornando-o multiplicador do tema em sala de aula, foram sugeridas atividades em cada capítulo que podem ser usadas em sala de aula por diferentes disciplinas. Já para os estudantes, a Cartilha do Aluno oferece atividades relacionadas aos capítulos da Cartilha do Professor. O trabalho nas escolas consiste em três etapas: a primeira é a apresentação da proposta nas escolas contatadas e interessadas, visando despertar o interesse do corpo docente para o tema da conservação marinha e o trabalho com projetos de educação ambiental. Já a segunda é voltada para a formação dos professores de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I, tornando-os multiplicadores do tema da conservação marinha e proteção dos albatrozes e petréis. A terceira envolve os alunos, sensibilizando-os sobre os temas da conservação marinha, do efeito da ação humana no ambiente marinho e como cada um pode contribuir. Como resultado, um total de 3.590 alunos e 154 professores de dez escolas municipais de Santos participaram do Programa de Educação Ambiental Projeto Albatroz na Escola em 2012. Acreditamos fortemente que esse trabalho contribuiu – e vem contribuindo – com um futuro melhor, no qual o ambiente marinho será tratado com respeito, carinho e compreensão dos cuidados necessários à manutenção da sua vida.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Voluntariado do Projeto Albatroz

Desde que foi criado em 1991, o Projeto Albatroz envolve voluntários que desejam atuar, de alguma forma, em prol da conservação dos albatrozes e petréis. O nosso Programa de Voluntariado tem como objetivo possibilitar que o público interessado com a conservação dos albatrozes e petréis possa participar das ações do Projeto Albatroz e sinta-se engajado na proteção do meio ambiente. De acordo com o perfil e a disponibilidade, o voluntário participa de eventos promovidos pelo Projeto ou por parceiros, auxilia em diferentes em diferentes atividades administrativas ou técnicas, além de apoiar o trabalho de educação ambiental nos terminais de pesca e nas escolas, ações devidamente comprovadas no certificado de trabalho voluntário recebido por ele. O voluntariado organizado é, para nós, uma importante ferramenta de difusão do trabalho do Projeto Albatroz. Do ponto de vista da participação, contar com voluntários motivados, bem capacitados e dispostos a colaborar com a conservação marinha, também garante formar quadros de técnico que, no futuro, poderão atuar na área. Se você tem experiência em alguma área e deseja colaborar, entre em contato! Conheça mais sobre nossa proposta e juntar-se a nós! Saiba mais em http://www.projetoalbatroz.org.br/seja-um-voluntario/